Quem sou eu

Minha foto
Autora dos livros TEMPO ESCOLHAS HISTÓRIA e A CORRIDA DE GERAÇÕES - informações nesse blog.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

O PIANO - ANÍBAL MACHADO

 Conto discutido no grupo Ateliê Cultural - Grupo esse coordenado por membros da Academia Ribeirãopretana de Letras em 01 de Maio de 2022.


Anibal Monteiro Machado, de óculos, ao lado de Cândido Portinari
Imagem Wikipédia 09/05/2022

As questões cotidianas que tanto nos consomem, apesar de parecerem simples e resolvidas aos outros olhares, quando despertadas de um íntimo sentimento de necessária solução são reanimadas por textos espetaculares como o caso de O Piano. 

Uma história na qual os objetos carregam lembranças comoventes, momentos fabulosos, enlaces eternos guardados nos corações dos que sentem os ares dos tempos remotos que as recordações se fazem presentes nas lembranças marcadas na trajetória dos que dela se tornaram pertencente.

É comum vermos as pessoas depreciarem a coisa alheia. 'O que é do outro não vale tanto assim'. Em análise sabemos que aquele que inferioriza o outro ou o que é do outro não significa nada além de o desejo de obtê-lo, tomar posse. Essa representação foi nitidamente apresentada pelos supostos compradores do piano no texto escrito por Aníbal. Análises diversas podemos extrair nesse sentido observando os comportamentos das pessoas visitantes da casa do vendedor de seu objeto-personagem principal do conto.

São muitos os olhares analíticos e interessantes expostos ao leitor e aqui ei de citar apenas - poucos - do que retiramos e aprendemos com essa leitura.

Os palpites sobre a venda do piano, a doação para o ente da família, a forma com que decide se livrar de algo tão significativo. Impressionante como tudo foi colocado nos fazendo pensar e refletir a realidade dos fatos. Talvez a semelhança com minha vivência pessoal não tenha sito tão casual assim. Viver com leveza, deixar acontecer, viver o presente sem apegos, torturas de responsabilidades nas quais não são necessárias para uma vida sadia. Desapegos ao material e desembaraçar as correntes que nos aprisionam. Libertação das velhas ideias respeitando o que foi, aprendendo com o passado e reinventando o presente. Compartilhar com o outro nos auxilia viver muito melhor.

A análise e partilha desse texto me foi muito construtiva e a opinião de todos sobre o texto agregou valores e transformou conduta. Pouco a pouco vamos nos libertando dos pianos calados no canto da sala, substituindo por sons distintos e renovadores. Aliviamos corações e suspiros contidos.

Espetacular nosso encontro!

O autor... 

Nascido em Sabará, MG, 09 de dezembro de 1894

Morreu em 20 de janeiro de 1964 no Rio de Janeiro

Seu primeiro livro surgiu aos 46 anos.

Fez seus estudos primários em Belo Horizonte e o nível superior iniciou no Rio de Janeiro e concluiu a faculdade de Direito em Belo Horizonte. 

Professor de História; Crítico de artes plásticas; Promotor Público; Professor de literatura e cargo burocrático no Ministério da Justiça; Ligou-se aos modernistas e foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores.

Fonte: Wikipédia.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada!