ADELINA DANTAS DIAS

Essa é uma homenagem a uma mulher mais que maravilhosa: Minha avó paterna Adelina!

É difícil falar de alguém que a gente ama...

Sei que sou uma pessoa privilegiada, abençoada mesmo! Nasci em uma família maravilhosa. Meus incentivos vieram todos dali. Minha mãe com a Branca de Neve (escola infantil que abriu com amigas em sua cidade natal, Santo Antonio da Platina-PR), meu pai e avó com os livros e os tios e tias no incentivo, carinho e mimos. Filha única, neta (do lado paterno), única, sobrinha única. Mimada? Um nojo? Acredito que não. Pelo menos até hoje não chegaram aos meus ouvidos esse tipo de comentários. Continuo em minha caminhada, na trilha do aprender, nos passos da construção em direção à evolução. Esforçando-me a cada dia para aplicar o que ouço e leio de bom.

Vó Nunucha, lado esquerdo da foto, eu embaixo; Vó Adelina, lado direito, meu primo Henrique.

Tive duas avós: uma que contava histórias - a vó Nunucha (materna); e como contava! O melhor, é que eram histórias incríveis, milagrosas, emocionantes, e reais. Pois a cada vez que ela contava a mesma história, não mudava uma só vírgula! Em um outro momento irei narrá-las. As mais famosas e marcantes.
Do outro lado, minha avó Adelina - cunhada de minha avó Nunucha - sim, uma história para outra ocasião. Essa escrevia como ninguém! 
A foto acima, foi uma tarde gostosa em que minha avó Adelina recebeu sua cunhada para um café da tarde, durante um passeio que a vó Nunucha veio do Paraná passar uns dias em Ribeirão Preto em minha casa. Lembro-me que elas chegaram a conversar sobre a vó Nunucha contar umas histórias para que a vó Adelina transcrevesse em livro. Nunca soube o que resultou...
Bom, a vó Adelina, provém de uma família na qual teve que começar a trabalhar muito cedo para ajudar no orçamento da casa, resumindo sua oportunidade de estudo. Mais tarde, com um dom e muita força de vontade, lia muito - lembro-me de vê-la devorando jornais, entre livros e outros. Ajudava nas lições escolares dos filhos e até a mim ensinou história e geografia. Seu empenho sempre um exemplo de vida. Ela conheceu muitos lugares, viajou muito. Ficou viúva, e a partir daí, como uma alma evoluída que era, passou a dedicar-se a arte. Fez cursos de teatro, apresentando várias peças, incluindo o Teatro Municipal de Ribeirão Preto. Nessa época, o famoso Teatro Pedro II ainda não tinha sido restaurado devido ao incêndio que sofrera. Lembro-me de ter presenciado vários ensaios. Ela me levava e eu pequena, adorava o lanchinho gostoso que vinha depois. Marcas da infância. E assim, tudo fluindo...
Começou com uma máquina de escrever daquelas pequenas, preta, antigas. A qual guardo na casa de meus pais como relíquia. Depois, ganhou uma grande de meu tio Claudio. Escreveu poemas, crônicas, contos, peças de teatro. Quando a Rede Globo lançou o Caso Verdade, uma série semanal, vó Adelina teve sua história transmitida pela telinha. Certa feita, escreveu uma peça infantil e pediu para que eu e minhas amigas nos reuníssemos em sua casa para que ela nos ensaiasse para apresentarmos na escola. Assim, deixou muitos escritos, histórias, momentos de muita alegria. Uma linda mulher que possuo muito orgulho e tenho muita saudade.

" Ao dar a benção da vida entregou a sua, ao lutar por seus filhos, esqueceu-se de si mesma. Que ao desejar o sucesso deles, abandonou a seus anseios. Ao vibrar com suas vitórias, esqueceu seu próprio mérito. Que ao receber injustiças, respondeu com seu amor. E que ao relembrar o passado, só tenho passagens de muitas alegrias. Esta era Adelina Dantas Dias, simplesmente MÃE.

Clélio, seu filho caçula.

" Adelina

Atitudes marcantes

Determinada nos seus desejos

Eeficientes nas ações que nelas acreditava

Líder

Independente

Nobre nas situações difíceis

Ativa na busca dos anseios e das conquistas

Decidida nas atitudes

Auto confiante nas conquistas

Nunca medrosa para enfrentar a vida

Tranquila quando acreditava

Amorosa

Solidária, generosa, prestativa e corajosa

Dinâmica, resiliente e persistente

Impaciente, ansiosa nos momentos decisivos

Amor e paz sempre sinônimos de harmonia

Sensível a tudo e a todos

Essa é Adelina, mãe, avó, sogra, amiga, companheira que a conhecemos e convivemos,

Clóvis, terceiro filho,

Ana Célia, nora,

Henrique, neto

"

" Não deixe seu coração se endurecer, jamais"

Frase marcante para seu segundo filho - Claudio

Irmã Dulce - Bahia