O autor...
Faleceu em 24/03/1905 - Amiens/França
Traduzido em 148 línguas até hoje, Jules Gabriel Verne é considerado pelos críticos o inventor da ficção científica. Filho primogênito entre os cinco filhos, seu pai investiu que Júlio fosse advogado; uma operação sem sucesso devido ao interesse de nosso escritor pela publicação e criação de textos. Deu aulas para promover sua carreira literária, casou-se com Honorine de Viana Moreu, e conseguiu incentivos e venceu em seus objetivos de escrita.
Viveu seus desafios de relacionamento com o filho, sofreu atentado com tiros por um sobrinho, e nos deixou valiosas histórias.
04/2023 -
#julioverne
VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS
JÚLIO VERNE
Início: 26/04/2023
Término: 23/08/2023
Iniciando nossas leituras e alguma obras desse famoso escritor, escolhemos essa obra para desvendar os mistérios do fundo do mar...
Algumas questões deixadas para nossa imaginação sobre o capitão Nemo, segue alguns comentários:
Aronnax - personagem historiador/narrador;
Conseil - fiel criado.
O mar. Ah, o mar!
Sua imensidão enigmática resguardar tantos segredos. Profundos a descobrir, rasos a navegar. Seus imprevistos acontecem a desperar para o conhecimento. Ondas para lá, ventos para cá.
Seus mistérios instigam à navegação. A beleza de suas águas comandam o coração dos que nele se entregam. Limpeza e renovação. A busca por um novo ser.
As travessias ora entusiastas ora desanimadas.
Um verdadeiro treino de paciência. Esperar as ondas e os ventos favoráveis.
Aguardar o tempo natural!
O cientista arriscou-se em uma expedição sem nenhuma garantia. Risco e aprendizado.
P.61
"Você seria capaz de agradecer suas bênçãos antes de ter sido agraciado por elas e de morrer de fome em vez de reclamar!
- Inteligência emocional;
- Trabalho interior.
Agradecer as dificuldades para que tenhamos condições emocionais para superá-las e seguir melhores em frente. A reclamação atrai energias ruins e não resolve os problemas que devem ser refletidos sob o bom senso e calma. Assim, resoluções sensatas ocorrem e as situações passam.
P.66
"Vocês vieram perturbar minha existência...
Em nossos mundos fechados formamos nossas próprias leis e dessas fazem os nosso limitados horizontes. Intolerâncias e discórdias chocam com o diferente. Os comandos não evoluem.
P.122
"Olhe para esse oceano, professor, ele não é dotado de vida real? Ele não em suas iras e sua ternura? Ontem, ele adormeceu como nós, e veja como agora está acordando depois de uma noite tranquila!
Um sistema interligado em suas iras e sua ternura. Vidas contidas em seus propósitos complementares. Simples e às vezes complexos. Rotinas evolutivas observadoras e observadas.
Águas que banham as dores provocadas por sentimentos feridos. Limpam, renovam e deixam seguir seu percurso natural.
Todos aprendem ora ou outra.
Morar nas profundezas do Oceano.
Profundezas de si mesmo é o que percebi no comandante do Nautilus.
Considerado morto, sem contato com o restante do mundo.
Como seria essa experiência refletindo em seu emocional?
Aprender e viver no e com as águas, outro universo. Sem contato, selfies, internet...
Uma aventura com desejo de voltar em algum momento? Ou desligar...
Uma lição pessoal. P.165
Há um limite de liberdade entre os seres em evolução. Valemos, somos etc enquanto não ultrapassamos os sensores de determinados afetos. Uma balança condicional.
Uma obra aparentemente simples, porém com grandeza de ensinamentos.
2ª Parte
P.180
"insaciável necessidade de aprender!
Ser prisioneiro e ao mesmo tempo, dentro de limitações, conhecer o mundo através dos caminhos aquáticos incluindo seus mistérios, ciência, culturas e tantas maravailhosas riquezas, sem dúvida nosso narrador possuía uma oportunidade especial. Mistério, aventura e imposição.
P.190-191
"- Senhor, o que é uma pérola?
- Meu bravo Ned - respondi -, para o poeta, a pérola é uma lágrima do mar; para os orientais, é uma gota de orvalho solidificada; para as enhoras , é uma joia de forma oblonga, de brilho hialino e de matéria nacarada que elas usam no dedo, no pescoço ou na orelha; para o químico, é uma mistura de fosfato e carbonato de cal com um pouco de gelatina; e, finalmente, para o naturalista, é uma simples secreção doentia do órgão que produz a madrepérola em alguns bívalves.
P.203
Apesar de fugir de seus considerados horrores da humanidade, o Capitão, um ser fraterno, assemelha-se aos oprimidos. Mais fracos.
P.237
"- Pois bem, meu amigo, a Terra será um dia esse cadáver frio. Ela se tornará inabitável e será desabitada como a Lua, que há muito perdeu seu calor vital.
No último parágrafo da P.239 o professor reflete sobre os navegantes silenciados nos fracassos das embarcações. Quantos se encontrvam nas profundezas além das riquezas e das histórias.
P.241
"Para onde íamos agora, e o que o futuro nos reservava?
Navegamos durante tempestades e calmaria, treinando o íntimo na esperança de acertar e sorrir, suprar. Águas que nos levam, outras que tentamos controlar.
P.286
" Tudo estava congelado, até o barulho.
Uma frase para mim bem reflexiva. Uma de suas ramificações a PARADA. Saída dos ruídos cotidianos, observações ao longe. Amenizando, desacelerando a turbulência interna. Serenidade. Paz. Nos perdemos nas louuras da matéria com facilidade. Distrações desviando do foco, dos objetivos maiores. Elevados. Os verdadeiros propósitos da caminhada de cada ser. Observar ao longe ajuda a retomar os objetivos, refletir sobre as ações. Corrigir o que é possível. Renovar e seguir.
P.304
" quantos incidentes curiosos ou terríveis tinham encantado nossa viagem.
A caminhada é constituída de "incidentes". Aqueles que ferem, aderem, inserem nosso esforço no aprendizado. Encantam as descobertas depois de associados ao que se passou e pensávamos que tudo seria de outra forma. Navegando em ondas diversas, saindo dos cômodos postulares. Somos impulsionados à novas praias e com outras remadas seguimos aprendendo.
P.329
Intenção oculta de o Capitão Nemo manter seus "hóspedes" a bordo. Para o professor, como ele mesmo revela e admite, essa "viagem ilimitada" e gratuita foi um presente de aprendizado. Jamais teria se beneficiado de tanto conhecimento se o Nautilus não transitasse tanto. Para o desenlace dessa 'forçada prisão' continuemos.
P.341
A construção dessa seguinte frase condena ao sucesso um grande escritor:
"- Mas estou ocupado, senhor, concentrado no trabalho. Essa liberdade que lhe concedo para se isolar, não posso eu mesmo tê-la para mim?
Arriscar...
Aprender com as experiências é sabedoria. Visualizações profundas requerem mergulhos sensitivos significativos ao processo longo de transformações.
Viver!
Os apagões como o do professor, ajudam no equilíbrio e no processo reservado à recuperação das forças e sublimação dos propósitos a seguir. Sigamos em mergulhos e respiros aprendendo sobre a elevação da boa prática, molhada em águas salutares à nossa estrutura resistente aos impactos e desafios assim como o Nautilus.
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