Corpo de protagonista de novela, totalmente independente financeiramente, com sua casa, carro na garagem, carreira profissional brilhante, frequenta os melhores ambientes, faz grandes viagens, conta bancária invejável. Essa seria ou é uma mulher realizada?
Por volta dos quarenta, digamos que é o objetivo de todas as mulheres que "respiram" os ares da roda viva do capitalismo. Porém, todas que correspondem à esse modelo descrito acima, não são felizes. Explica-se ou justifica-se por vários motivos, talvez o principal deles é que por focar seus objetivos, conseguiu conquistá-los mas infelizmente não se consegue ser cem por cento em tudo ao mesmo tempo, deixando assim o outro lado (emocional) desfalcado tornando a realidade da solidão um tanto quanto presente e incomodando. Carência afetiva. Já se casou algumas vezes, troca sempre de namorado, mas não consegue encontrar o companheiro desejado. Ou o relacionamento certo. Talvez os homens não consigam conviver com tamanha independência. Elas queriam ter um companheiro e filhos talvez. Mas não deu, pelo menos até agora não.
Analisemos o outro lado. As mulheres independentes, que constituíram família e por algum motivo, ou vários, se divorciaram. Tem suas lutas cotidianas, seu trabalho, a educação dos filhos, brigam ou não pela pensão, cuidam da casa, entre outras muitas tarefas, também estão só. E reclamam.
O que há de errado nessas situações? Todos carentes sem limites? O ambiente em que vivemos na corrida desenfreada pela sobrevivência não deixa mais as pessoas refletirem e manterem seus relacionamentos? O egoísmo? Tem que ser assim ou assado senão EU quero o divórcio? Tolerância? Amor ao próximo, compreensão? Diálogo? Respeito? São tantas qualificações, valores e condições habituais envolvidas... É claro que abordamos um tema para um grande debate, muito conflituoso. Mas é apenas para deixar uma reflexão pessoal. Interna. Pois estou triste em ver uma sociedade doente, com um número exponencial em separações, famílias se diluindo ou então com dificuldades de união.